sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Meteor - I

Primeiro capitulo (introdução) de uma história que comecei a escrever em 2007, infelizmente não a terminei ainda, sendo que só escrevi 2 Capitulos.

Uma história de Ficção Cientifica, que se passa num futuro Apocalí;ptico não tão longínquo quanto isso.

A personagem Principal chama-se Jack e é um jovem estudante universitário, apaixonado que de um momento para o outro encontra-se sem nada na vida e eventualmente sozinho no mundo.

É uma história extremamente simples da sobrevivência humana sobre condições extremas.

Este é o primeiro capitulo, que nada mais é do que uma introdução.


“O dia começou como qualquer outro dia da semana e da minha vida. Acordei cedo, tomei um duche, depois vesti-me (tive em atenção a escolha da roupa escolhi umas calças castanhas escuras de ganga e uma camisola vermelha com capucho) e tomei o pequeno-almoço, uma peça de fruta que se encontrava em cima da mesa. Já me encontrava atrasado para a Universidade. Hoje era um dia especial, era o dia que iria revelar os meus sentimentos pela mulher que amava.
Mal podia saber o que se iria passar neste dia, o dia em que tudo mudou, o dia em que o mundo mudou, o dia que muitos esperavam mas não acreditavam nele. Relativamente cedo, durante o percurso que costumava conduzir com o meu velho carro, percebeu-se que algo se passava. Havia engarrafamentos devido á falha dos sinais de trânsito, mas não era só isso, parecia que toda a energia eléctrica estava em falha. Mas a verdade era que por mais estranho e interessante que pudesse achar desta situação, tinha coisas mais importantes para fazer neste dia. Primeiro fazer o exame e passar a cadeira universitária e depois declarar-me á mulher mais bonita que alguma vez os meus simples olhos alguma vez viram. Voltei atrás com o carro e percorri umas ruas menos conhecidas, uns atalhos, até chegar á universidade. Espantosamente, neste dia não tivera tantos problemas em encontrar lugar para estacionar. Desloquei-me então a pé até á sala onde iria realizar o exame. Encontrei inclusive pelo caminho alguns amigos, mas a pressa era alguma para o exame que só os cumprimentei apressadamente. Entrando na sala do exame, esta encontrava-se por metade, faltavam ainda muita gente, inclusive o instrutor com os exames. Sentei-me num lugar do canto como costumo sempre sentar-me, muitos não percebiam o porquê de me sentar tão longe num canto sozinho, quando podia sentar-me perto deles e eventualmente copiar nos exames, no entanto aquele canto relaxava-me por algum motivo, para além disso tinha acesso à janela, onde podia ver os estudantes, professores e funcionários entrarem. Enquanto esperava, sabendo que não era capaz de rever o que já tinha estudado, olhava para o lado de fora da janela e via os estudantes chegarem, alguns calmamente, partindo do principio que seriam os que viveriam mais perto da Universidade, enquanto os que viviam mais longe vinham mais apressadamente devido aos atrasos no congestionamento das estradas. No entanto por breves momentos o tempo parou, pois ela entrou pelo portão ao longe, era a mulher que eu amava. Vinha vestida com umas calças de ganga justas e uma sweat-shirt cor-de-rosa. O seu cabelo acastanhado e solto parecia flutuar ao toque do vento enquanto caminhava graciosamente pelos pequenos e feios jardins de uma Universidade Industrializada. Ao longe não dava para ver, mas os seus olhos azuis eram mortais, capazes de deixar qualquer homem sem respirar, e o seu rosto angelical fazia com que qualquer homem se apaixonasse por ela, bem como o seu corpo esbelto, fazia com que qualquer homem a desejasse, no entanto nenhum outro homem a poderia amar mais do que eu a poderia amar.
Começou o exame com alguns minutos, eventualmente horas, pois eu perdera completamente a noção do tempo. Na mesma sala encontrava-se a mulher que amava e enquanto ela encontrava-se concentrada no seu exame, eu não consegui concentrar-me pois não conseguia parar de olhar para ela, era algo impossível evitar olhar para tremenda beleza. Infelizmente o tempo ainda passara mais rapidamente durante o exame e quando dei por mim, já tinha poucos minutos para concluir um teste/exame que levaria pelo menos uma hora para o fazer minimamente aceitável. Apressei-me mas rapidamente percebi que não valeria a pena, o exame estava perdido. Foi então que tudo mudou…”

Ao longe ouvia-se uma sirene e de um momento para o outro sentiu-se uma enorme explosão ao longe. Olhando para fora Jack viu um enorme clarão ao longe e o chão começou a tremer como se de um sismo se tratasse, algo raro para uma região onde sismos só aconteciam uma vez por ano. Os seus olhos arregalaram-se quando começou a ver uma enorme onda de destruição a vir em sua direcção. O edifício onde se encontrava tremia cada vez mais, e gritos se ouviam por todo o lado. Olhando para o seu redor na sala, todos os alunos estavam assustados e a tentar sair da sala. Esqueceram-se das regras de segurança e o pânico encontrava-se presente. Assustada encontrava-se uma bela rapariga de cabelos castanhos e soltos, não muito longos nem muito curtos, sentada a tremer numa mesa. Jack levantou-se e foi ter com a rapariga. Custava andar com o edifício a tremer e com pedaços de tinta e cimento a cair. Pegando pelo braço da rapariga, Jack a puxou para debaixo da mesa.
- Sandra? Este é o teu nome, certo? – Perguntou-lhe Jack enquanto lhe segurava a mão.
- Sim…o que se está a passar? – Sandra perguntou enquanto chorava com medo.
- Não sei. Fica aqui, enquanto vou ver o que se passa. – Ordenou-lhe Jack – Estarás em segurança aqui
Jack levantou-se e deslocou-se em direcção á sua mesa, onde tinha visão para o que se passava lá fora. Ao espreitar rapidamente baixou-se e gritou – BAIXEM-SE!
Uma tremenda e violenta onda de choque destruiu por completo a cidade onde se encontravam e a Universidade onde estavam também fora atingida pela mesma onda de choque. Jack ainda chegou a avisar para se baixarem enquanto ele mesmo se baixara, no entanto fora atingido na cabeça e desmaiou ficando inconsciente durante algum incerto tempo.

Jack acordara finalmente. Sentia uma tremenda dor de cabeça e a sua visão encontrava-se desfocada. Conseguia mexer-se e ao levantar-se, deixou cair pedaços de cimento e poeira que se encontravam por cima dele. Cambaleando um pouco olhou ao seu redor ainda com a imagem desfocada. Tentou perceber o que se passava, mas não conseguia. Sentou-se então e esperou que a sua visão voltasse ao normal. Quando esta voltou, o que encontrou não fora o que esperara. Era uma visão apocalíptica de destroços e de corpos mortos e entalhados no meio de tanto destroço. Olhando para cima via-se um céu negro, pois já não se encontrava o tecto. Jack lembrou-se de Sandra, a mulher que amava e que deixara. Correndo pelos destroços em direcção a onde a tinha deixado, encontrou o que não queria. Sandra encontrava-se morta. Fora atingida por uma barra de betão na cabeça. Jack levantou-a e a abraçou enquanto chorava de dor e gritava. O sangue dela escorria-lhe agora pelas mãos e na sua camisola vermelha. Olhando ao seu redor para pedir ajuda, mesmo sabendo que estava morta, ele só vira destruição e cadáveres. Não se encontrava uma única viva alma nas redondezas. Jack removeu então o corpo de Sandra dos destroços e deixou-a deitada numa mesa comprida. Deixou-a então ali deitada, enquanto iria procurar alguém na cidade para o ajudar a desenterrar os corpos, no entanto rapidamente percebera que seria impossível. A cidade encontrava-se em igual estado completamente em ruínas e só com cadáveres.

Jack era o único sobrevivente de tremenda desconhecida catástrofe…

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